Treinador celebra permanência, valoriza apoio da torcida e projeta 2026 com mais exigência
Foto: Reprodução/Santos TVO Santos encerrou o Brasileirão com uma vitória tranquila por 3 a 0 sobre o Cruzeiro, na Vila Belmiro, resultado que garantiu não apenas a permanência na Série A, mas também uma vaga na Copa Sul-Americana. A campanha terminou com o Peixe em 12º lugar, somando 47 pontos em uma temporada de 12 vitórias, 11 empates e 15 derrotas — números que refletiram o ano turbulento, mas que também mostraram poder de reação na reta final.
Após o triunfo que selou a permanência, Juan Pablo Vojvoda falou sobre o processo vivido pelo clube nos momentos de maior risco. O técnico destacou a força coletiva e o apoio da torcida quando a equipe mais precisava:
“Tem que ficar, primeiro, o compromisso dos jogadores nos momentos difíceis, e eu fico com esse compromisso. Mas, para cumpri-lo, precisei de organização de cima para baixo. Agradecer, nos momentos difíceis, à diretoria, que estava sempre por perto. É um clube grande, de marca mundial, com pressão. Ficar com esse compromisso e organização e não perder a cabeça. Quando chamamos a torcida, eles apoiaram.”
Vojvoda também lembrou o apoio recebido dentro e fora do CT e como isso sustentou o trabalho até a última rodada:
“Recebemos eles no CT, conversamos com a imprensa; era um momento de ter o apoio de todos. Se queremos planejar o futuro, precisamos pensar com a base, sabendo que este ano foi difícil. Brigamos até a última rodada contra o rebaixamento e conseguimos com trabalho. O futebol mudou muito, mas o nome do Santos segue pesando, assim como outros times que também evoluíram.”
Segundo ele, o clube viveu anos complicados, mas encontrou estrutura para reação:
“Desde que cheguei, encontrei gente ocupada e disposta a resolver essa situação. Eu não queria gastar minha energia com o próximo ano; agora vamos planejar como um clube grande. A exigência será cada vez maior.”
Questionado sobre Neymar, Vojvoda manteve cautela e ressaltou o peso dos ídolos na história santista:
“Sou sincero, falo muito com ele. Às vezes me incomodavam essas perguntas: ‘Você assegura que ele vai estar?’ Eu senti nele esse compromisso, senti a nível pessoal. E precisamos do Neymar, Robinho, Pelé… não quero esquecer ninguém, por isso menciono eles. Vamos deixar ele descansar e o Santos também.”
Já ao analisar o desempenho individual dos atletas e a evolução do time na reta final, o técnico preferiu valorizar o trabalho interno do clube:
“É o trabalho do dia a dia, de ter calma e escutar as pessoas que estão por perto. Não escuto a imprensa e o torcedor nesse sentido. Mas, no cotidiano, precisamos entender como está o jogador que, por exemplo, está sendo criticado, e como o presidente, o preparador e o psicólogo o veem.”
Vojvoda lembrou o caso de Thaciano, criticado por parte da torcida, mas decisivo na reta final:
“Tchaciano recebeu muitas críticas. Muitas vezes as respostas vêm de estar atento a isso. Hoje, estava em dúvida entre Thaciano e Tiquinho e me preocupei em como estavam se sentindo, pois muitas vezes o trabalho principal não é necessariamente tático.”
O técnico explicou como preparou a equipe para o duelo com o Cruzeiro e destacou a importância do ambiente saudável:
“O Cruzeiro vai jogar assim, e é provável que seja com tais jogadores. O que precisamos fazer é organizar. Sabemos como vamos construir o nosso jogo e como vamos defender, mas precisava sentir a mente e o lado pessoal. Precisei da ajuda de todos.”
E encerrou agradecendo a todos que compõem o clube:
“Quero reconhecer desde o presidente até o roupeiro e a senhora que me dá o café pela manhã. Eu reconheço a todos.”
Confira a coletiva completa: