O Santos renegociou uma dívida de aproximadamente R$ 40 milhões com o Banco Safra, referente a um empréstimo feito na gestão do ex-presidente Andres Rueda e que não havia sido quitado. Para evitar um processo judicial, o clube firmou acordo para pagar o valor em 24 parcelas mensais de R$ 1,6 milhão. O compromisso se estende até 2027, ultrapassando o mandato do atual presidente Marcelo Teixeira, que termina em dezembro de 2026.
O Banco Safra havia sinalizado que levaria o caso à Justiça caso o Santos não iniciasse os pagamentos. Com a formalização do novo cronograma, a diretoria conseguiu evitar mais um embate jurídico. Rueda, responsável pelo empréstimo original, segue como avalista e se comprometeu a responder com o próprio patrimônio caso o clube não cumpra o acordo.
O Santos enfrenta diversas pendências financeiras, e a renegociação com o banco representa apenas uma delas. O clube contesta a cobrança de R$ 15 milhões feita pelo Arouca, de Portugal, pela contratação do zagueiro João Basso, uma transação firmada na gestão anterior. A diretoria recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) e aguarda uma decisão definitiva para iniciar os pagamentos.
Além disso, o treinador Pedro Caixinha e sua comissão técnica exigem o pagamento de uma multa rescisória no valor de R$ 15 milhões. Sem acordo entre as partes, o processo tramita na Justiça e já chegou à FIFA.
Em meio à disputa da Série B e à necessidade de reorganizar sua estrutura financeira, o Santos tem buscado medidas para levantar recursos. Uma das alternativas é a venda de mandos de campo, motivada também por questões comerciais e pelo envolvimento de patrocinadores.
A diretoria acredita que, com renegociações e acordos, será possível retomar a estabilidade e preparar o clube para o médio prazo, com ou sem o retorno à elite nacional em 2025.