Mesmo vivendo um longo período de seca no comando de ataque, o Santos não deve ir ao mercado em busca de um novo centroavante nesta janela. A última vez que um “camisa 9” balançou as redes pelo Peixe foi em abril — e, ainda assim, a diretoria acredita que as opções disponíveis são suficientes.
Deivid Washington, emprestado pelo Chelsea, é quem tem tido mais espaço no time de Cleber Xavier. Titular em três dos últimos quatro jogos após a Copa do Mundo de Clubes, ele foi o autor do último gol de um centroavante santista: na derrota por 2 a 1 para o Red Bull Bragantino, no dia 27 de abril.
Quando Deivid ficou no banco, contra o Sport, Neymar foi o escolhido para atuar mais adiantado, como um falso 9 — estratégia já cogitada pelo treinador em outras ocasiões. Entre os concorrentes de Deivid, Tiquinho Soares perdeu protagonismo. Aos 34 anos, o experiente atacante não marca desde 20 de abril, na derrota para o São Paulo. Ele voltou a ser utilizado apenas na última partida, entrando no intervalo.
Já Luca Meirelles, de 18 anos, é tratado como aposta de médio prazo. Ganhou minutos contra o Internacional, mas está fora do próximo compromisso por conta da convocação para a seleção sub-20. Mesmo com as dificuldades no setor ofensivo, a diretoria santista mantém a confiança no trio, ao menos por enquanto. E isso se reflete na estratégia do clube: não há movimentações por reforços para o ataque central neste momento.
O desempenho, no entanto, preocupa. Com apenas 15 gols em 16 jogos no Brasileirão, o Santos tem o quarto pior ataque da competição — à frente apenas de Sport, Juventude e Vitória. Um sinal claro de que a seca dos centroavantes impacta todo o sistema ofensivo.