O Santos recebeu R$ 15 milhões à vista pela negociação com o Fluminense e pode ganhar mais R$ 5,5 milhões caso o clube carioca não venda o atacante até dezembro deste ano. O Fluminense já pagou parte do valor e vai quitar o restante em parcelas. Segundo apuração do UOL, o clube direcionou imediatamente esse montante ao seu fluxo de caixa, utilizando-o para cobrir despesas correntes.
Dívidas e folha continuam preocupando
Apesar de afirmar que o Santos “saiu da UTI” financeira, o presidente Marcelo Teixeira ainda enfrenta dificuldades para equilibrar receitas e despesas mensais do clube. A folha salarial pesa no orçamento, e o Santos precisa quitar dívidas de curto prazo para evitar sanções da Fifa, como os débitos com os ex-jogadores João Basso, Pedro Caixinha e Jean Lucas. O caso mais urgente é o de Basso: o clube deve pagar R$ 15,9 milhões ao Arouca até esta terça-feira.
Contratações modestas e possíveis vendas
Diante do cenário, o Santos tem adotado cautela no mercado de transferências, preferindo atletas livres, empréstimos, contratações perto do fim de contrato ou trocas. O clube só deve realizar movimentações mais significativas caso consiga concretizar vendas importantes além da saída de Soteldo, como as possíveis negociações de JP Chermont e Vinicius Zanocelo. O goleiro Gabriel Brazão também possui propostas, mas a diretoria pretende mantê-lo.
Dívida preocupa
Outro ponto delicado é o futuro de Neymar, que recebe mensalmente cerca de R$ 4,14 milhões. O clube confia na renovação do contrato, mas caso isso não aconteça, haverá alívio na folha salarial. O Santos tem um compromisso de pagar R$ 85 milhões em direitos de imagem até 30 de julho, mas ainda não repassou os valores arrecadados em contratos de patrocínio, o que resultou na prorrogação da dívida até dezembro de 2026.
A atual situação reforça o desafio financeiro do Santos, que continua buscando equilíbrio enquanto enfrenta um cenário de receitas limitadas e compromissos financeiros elevados.
