São Paulo não conta com nenhum centroavante contra o Bahia

O São Paulo vive um momento delicado no setor ofensivo. Pela primeira vez na temporada, o técnico Hernán Crespo não tem nenhum centroavante disponível para escalar. A última baixa foi Juan Dinenno, que precisou passar por uma artroscopia no joelho direito após sentir dores na região.

O procedimento, realizado na última quarta-feira, é considerado simples e não revelou lesões estruturais. Mesmo assim, o argentino ficou fora das partidas contra Mirassol e Grêmio e ainda não tem data confirmada para retorno. A expectativa é de que volte a atuar ainda neste ano, algo que não acontecerá com os outros jogadores da posição.

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Efeito dominó no ataque tricolor

Antes de Dinenno, o São Paulo já havia perdido três centroavantes por contusões graves: Calleri, André Silva e Ryan Francisco. O primeiro a se machucar foi Calleri, que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo em abril, durante o confronto com o Botafogo, no Nilton Santos.

Na sequência, André Silva assumiu o protagonismo e chegou a ser o artilheiro do time na temporada, com 14 gols marcados. Porém, em agosto, o atacante também sofreu uma séria lesão, duas rupturas ligamentares no joelho direito — e se juntou ao companheiro no departamento médico.

A lista de baixas ganhou mais um nome com Ryan Francisco. O jovem da base, considerado uma das maiores promessas do clube, rompeu o ligamento cruzado anterior e lesionou o menisco do joelho esquerdo, encerrando precocemente sua temporada.

Contratação e mudanças no comando técnico

As seguidas lesões obrigaram o São Paulo a agir no mercado. A pedido de Luis Zubeldía, então técnico da equipe, o clube contratou Dinenno em junho para reforçar o ataque. A mudança no comando técnico, contudo, alterou os planos. Com a chegada de Crespo, o centroavante perdeu espaço e não conseguiu se firmar entre os titulares antes da nova lesão.

Soluções improvisadas

Sem nenhum homem de referência disponível, Crespo tem apostado em atacantes de maior mobilidade. Luciano e Tapia vêm formando a dupla titular, com Ferreira e Rigoni aparecendo como opções. O modelo de jogo, agora, depende de movimentação constante e troca de posições, tentando compensar a ausência de um centroavante fixo.