Neste sábado, o São Paulo estreou no Campeonato Brasileiro com um empate sem gols diante do Sport, no Morumbis. O resultado, além de frustrar os torcedores presentes, escancarou um padrão que se repete desde o início da temporada: a dificuldade em transformar posse de bola em gols.
Com o empate, o time de Luís Zubeldía chegou ao sexto jogo sem marcar em 2025 — ou seja, em mais de um terço das 16 partidas disputadas no ano. Apesar de contar com elenco qualificado e dominar a posse de bola em quase todos os jogos, o Tricolor tem esbarrado na falta de criatividade no terço final do campo.
Problema antigo
O cenário atual é um reflexo do que já se via na temporada passada. Em 2024, o São Paulo terminou o Brasileirão com a maior média de posse de bola por jogo. No entanto, o time ficou apenas com o 7º melhor ataque da competição. A posse, por si só, não tem se convertido em efetividade ofensiva.
Em 2025, os números mostram essa dificuldade com ainda mais clareza. O Tricolor passou em branco nos jogos contra Palmeiras (duas vezes), Ponte Preta, Botafogo-SP, Red Bull Bragantino e, agora, Sport. Mesmo em partidas onde teve amplo controle, como no empate por 0 a 0 diante do Palmeiras no Morumbis, as chances claras foram raras.
Zubeldía busca alternativas, mas ainda não encontrou um encaixe ofensivo que faça o time ser mais incisivo. A equipe soma 21 gols em 16 jogos — média de 1,31 por partida —, um número razoável, mas que esconde a irregularidade ofensiva. Em algumas vitórias, como o 4 a 1 sobre o Mirassol ou o 3 a 1 sobre o São Bernardo, o ataque funcionou bem. Porém, a oscilação segue como marca registrada.
O São Paulo terá agora uma sequência pesada pela frente no Brasileirão e precisa, com urgência, encontrar soluções para romper as defesas adversárias. A posse precisa deixar de ser um número bonito nas estatísticas e se transformar em gols. Do contrário, o time corre o risco de repetir os mesmos erros da temporada anterior.