Stabile tem plano para aliviar finanças do Corinthians com empréstimo

Osmar Stabile, presidente do Corinthians, afirmou que o clube estuda recorrer a um empréstimo e antecipar parte das cotas da Liga Forte União (LFU) para amenizar a crise financeira. O dirigente destacou que já possui autorização formal para realizar a operação caso decida seguir por esse caminho.

De acordo com informações da ESPN, o Corinthians tem à disposição R$ 100 milhões, R$ 27,5 milhões da LFU e R$ 72,5 milhões em empréstimo, com juros de CDI + 3%. O clube pretende usar o dinheiro para quitar pendências urgentes e evitar novas punições.

“Estamos buscando recursos”

Após a derrota para o Red Bull Bragantino, Stabile voltou a falar sobre o tema e afirmou que o objetivo é sanar o passivo o quanto antes. O mandatário revelou que o clube enfrenta múltiplos bloqueios por dívidas e que o foco está em garantir o cumprimento dos compromissos mais imediatos.

O Corinthians convive hoje com um transfer ban da Fifa, que o impede de registrar novos atletas por três janelas. A sanção decorre do não pagamento de cerca de R$ 44 milhões ao Santos Laguna, pela compra do zagueiro Félix Torres.

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Dívidas se acumulam

Além do caso envolvendo o clube mexicano, o Timão tem outros débitos reconhecidos pela Fifa e pelo CAS (Corte Arbitral do Esporte). A condenação mais recente obriga o Corinthians a pagar R$ 41,3 milhões ao paraguaio Matías Rojas, referente aos direitos de imagem de 2023 e 2024. Stabile afirmou que as conversas com o jogador e seus representantes estão em andamento e demonstrou otimismo por um acordo.

Outros valores em aberto incluem R$ 6,76 milhões ao Shakhtar Donetsk pelo empréstimo de Maycon, R$ 23,3 milhões ao Talleres pela compra de Rodrigo Garro, R$ 8 milhões ao Philadelphia Union por José Martínez e R$ 6,2 milhões ao Midtjylland pela contratação de Charles.

Passivo total

Somando todos os compromissos, o Corinthians deve mais de R$ 85 milhões apenas em dívidas de transferências, além do valor devido a Rojas. O plano de antecipação de receitas e obtenção de crédito é visto internamente como uma forma emergencial de evitar novas punições. Além de manter o clube operando enquanto busca alternativas mais sustentáveis para reequilibrar as finanças.