Em entrevista ao quadro Exclusiva TSP, no nosso canal no YouTube, conversamos com Juninho Amstalden, supervisor de futebol da Ferroviária. Ele analisou o dilema que envolve os finalistas da Copa Paulista — XV de Piracicaba e Primavera — sobre qual vaga escolher: Copa do Brasil ou Série D
Em entrevista ao quadro Exclusiva TSP, no nosso canal no YouTube, conversamos com Juninho Amstalden, supervisor de futebol da Ferroviária. Ele analisou o dilema que envolve os finalistas da Copa Paulista — XV de Piracicaba e Primavera — sobre qual vaga escolher: Copa do Brasil ou Série D. Juninho teve que tomar a mesma decisão quando trabalhava no Nhô Quim, campeão da Copa Paulista de 2022.
Na época, o XV optou por jogar a Série D do Brasileirão – Foto: José Luis Silva e Matheus Dahsan/Ag. Paulistão
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Juninho iniciou destacando a necessidade de cada clube avaliar sua própria realidade antes da decisão. “Cara, eu acredito que o primeiro passo é sinalizar internamente o seu clube. Porque às vezes eu tenho um clube que está financeiramente desequilibrado e eu tenho contas a pagar a curto prazo. Então, talvez colocar em jogo a escolha pela Copa do Brasil, que te dá um retorno financeiro momentâneo mais vantajoso, seria coerente.”
No entanto, para ele, a Série D oferece mais perspectivas estratégicas. “A Série D é muito mais chamativa. Ela te dá um trabalho a longo prazo, você consegue pensar e planejar a longo prazo.” Juninho ressaltou, contudo, a dificuldade da competição. “Talvez seja o acesso mais difícil das quatro divisões nacionais, haja vista a quantidade de times, a disputa, a logística.”
O supervisor também destacou a diferença entre os contextos de cada clube. “O grande problema de escolher a Série D estando numa Série 2 é que ou você sobe, ou você não tem mais. Diferente do Primavera, por exemplo, o Primavera está na Série 1 agora. Então, se o Primavera somente não cair no ano que vem na Série 1, ele já consegue a vaga na Série D do outro ano.”
Segundo Juninho, os clubes da Série A2 sofrem limitações financeiras que dificultam o planejamento de temporadas longas. “A gente sabe que os clubes da Série 2 financeiramente às vezes não estão nas suas melhores condições para poder se planejar por ano todo. Porque é difícil, a Série D termina em setembro, outubro, então você tem que fazer contratos mais longos para montar um bom time e vai ter que gastar.”
Para ele, a decisão não deve ser isolada. “É tudo para se analisar e debater com calma, com tempo, e pensar em conjunto com a direção do clube para poder tomar a melhor decisão.”
Juninho também comentou a diferença entre a razão da gestão e a paixão da torcida. “Muitas vezes, essas decisões e a realidade é contrária com o que a torcida quer. O torcedor quer a vitória, ele quer o acesso, ele quer o melhor para o clube dele. Então acho que essa divisão entre razão e paixão é um componente muito importante para que os clubes se organizem, pensem no futuro, pensem nas melhores decisões.”
Para concluir, reforçou a importância da gestão responsável. “É bem difícil, não é algo fácil de se fazer, mas boas gestões precisam de desafios, precisam de muita consciência, de decisões muito planejadas e pensadas.”
Confira a entrevista na íntegra!