Supervisor de Futebol da Ferroviária fala ao Exclusiva TSP

Em entrevista ao quadro Exclusiva TSP, no nosso canal no YouTube, conversamos com Juninho Amstalden, supervisor de futebol da Ferroviária. Ele detalhou a rotina no clube, lembrou sua formação e explicou o salto da AFE para a Série B

Por: André Victor Lima e Silva
2 semanas atrás em 29 de setembro de 2025
Instagram / prof.amstalden


Em entrevista ao quadro Exclusiva TSP, no nosso canal no YouTube, conversamos com Juninho Amstalden, supervisor de futebol da Ferroviária. Ele detalhou a rotina no clube, lembrou sua formação e explicou o salto da AFE para a Série B. Além disso, apontou desafios e traçou metas claras para os próximos anos. Uma conversa que flertou com uma aula de gestão no esporte.


Sobre a função de gestor


Logo no início, Juninho definiu seu papel. Ele atua como elo entre o futebol e os demais departamentos. “É o cara que faz o clube funcionar, né? No dia a dia, nas viagens.” Hoje, porém, o desenho foge do padrão da função em muitos clubes. “Atualmente, eu não estou ligado à parte de logística, né? Como a maioria dos Supervisores estão.” Quem centraliza a logística é o gerente, Giovanni Coutinho. Assim, Juninho se concentra na interlocução com finanças, jurídico, RH e comunicação. “Eu aqui estou para fazer a ponte entre o futebol e os demais setores do clube.”


Essa presença não o afasta do gramado. Pelo contrário. “Eu estou sempre no campo, sempre no treinamento, sempre em contato com os atletas.” Ele também conversa com representantes, outros clubes, federações e a CBF. “Para justamente, de maneira administrativa, fazer o clube caminhar.” O arranjo ganhou força com a SAF. Segundo ele, a estrutura atual profissionalizou fluxos e responsabilidades. “Aqui no clube, como aqui é uma SAF, a gente tem um pensamento um pouco mais profissional do ecossistema todo.”


Em seguida, Juninho resgatou a própria trajetória. Ele se formou em Educação Física pela UNIMAP e construiu alicerces no XV de Piracicaba. “Me formei em 2018 e já, cara, joguei no 15, já joguei por um bom tempo no 15.” O período na base rendeu aprendizado amplo, entre preparação física e funções de apoio. “Tu pega uma bagagem enorme, tu consegue se vincular um pouco a cada área.” Com o tempo, ele migrou do campo para a gestão. “Eu comecei a enxergar que talvez eu pudesse somar mais em cargos gerenciais.”





Aumento no nível ao subir para a Série B


Ao falar da Série B, a análise foi direta. O salto exigiu preparação total. “O clube veio de dois acessos seguidos, né, lá em 23 subiu da B para a C, em 24 da C para a B.” A nova divisão impõe outro patamar de exigência. “A B, cara, a B é uma competição de alto nível, né, de altíssimo nível.” Ele citou adversários de massa, folhas próximas à Série A e estádios cheios. “Contra o Remo 30 mil pessoas, né.” Diante disso, a AFE replanejou processos, calendário e intensidade. “Entender que são 38 rodáveis, o que muda tudo, muda a logística, muda a tua preparação, o teu planejamento.”


Apesar da pressão, a engrenagem respondeu. “A Ferroviária hoje conta com um corpo de profissionais extremamente qualificados em todos os setores do futebol em si.” Por isso, a transição fluiu. “Então, a gente se preparou muito bem para encarar essa Série B.” O retorno à divisão, após décadas, animou clube e cidade. “Nós estamos de volta à Série B depois de 31 anos, se não me engano.”




Juninho não escondeu os gargalos. O CT próprio ainda está em construção. “Nós não temos CT ainda, mas ele está em construção.” A logística aérea também pesa. “A gente tem que estar sempre se deslocando para Campinas ou para São Paulo para poder fazer as viagens.” Mesmo assim, a direção oferece respaldo. “Os donos do clube também, é importante salientar, eles nos deram, nos dão todo o respaldo possível.” Com planejamento, o grupo encara um torneio nivelado e competitivo.


Objetivo para a temporada


Por fim, ele fixou metas objetivas. A curto prazo, manter a AFE na Série B e buscar o acesso estadual. “Cara, acho que com a Ferroviária, a curto prazo, é se manter na Série B esse ano.” Em paralelo, o clube mira a elite paulista. “A Ferroviária é um clube de Série A1, a gente precisa desse acesso.” O horizonte, portanto, combina prudência e ambição. “Então no curto prazo, é a Ferroviária na Série B e na Série A1, no segundo semestre de 2026.” Depois disso, a AFE quer mirar voos mais altos. “A gente conseguindo aí, esse acesso, essa permanência, eu acho que a gente consegue depois, com mais calma, pensar em voos maiores.”


Confira na íntregra!