Com uma média de 16,2 finalizações por jogo, o Novorizontino é o time que mais finaliza na Série B do Campeonato Brasileiro. Apesar do volume ofensivo, o número de gols marcados está aquém do esperado: apenas cinco em seis partidas, desempenho superior apenas ao de Operário-PR, Volta Redonda, Paysandu e Amazonas.
A principal explicação para esse contraste é a baixa efetividade nas finalizações. O Tigre do Vale é o vice-líder em grandes chances desperdiçadas, com dez oportunidades claras não convertidas em gol. Isso se reflete em um aproveitamento de cerca de 5% — ou seja, a equipe precisa de 19 finalizações para marcar um gol.
Nos últimos quatro jogos, o Aurinegro balançou as redes apenas três vezes: uma com Luís Oyama no empate contra o Criciúma, e duas com Pablo Dyego na vitória sobre o Athletico-PR. Contra Coritiba e Atlético-GO, o time passou em branco. Além das finalizações, o Novorizontino também lidera outra estatística ofensiva: é um dos times que mais cruza bolas na área, com média de 6,7 cruzamentos por jogo, empatado com o Operário-PR. Mesmo assim, a produção ofensiva ainda não se reflete em mais gols.
Após a derrota por 1 a 0 para o Atlético-GO, em um jogo onde o adversário atuou com um jogador a menos desde o primeiro tempo, o técnico Umberto Louzer lamentou a ineficiência ofensiva: “Nos faltou repertório ofensivo para furar o bloqueio de um adversário mais vulnerável por estar com um a menos. A gente lamenta, mas tem derrotas que trazem lições”, afirmou Louzer.
Sob o comando de Eduardo Baptista no início da temporada, entre Paulistão e Copa do Brasil, o Novorizontino somou seis vitórias, seis empates e três derrotas. Foi eliminado nas quartas de final do estadual pelo São Paulo, mas alcançou pela primeira vez a terceira fase da Copa do Brasil, onde encara o Corinthians no jogo de volta no dia 21 de maio. No primeiro duelo, o time da capital venceu por 1 a 0.
Pela Série B, o próximo desafio do Novorizontino será neste domingo, 12 de maio, às 18h30 (horário de Brasília), contra a Ferroviária, no estádio Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte. A expectativa é de que o time consiga transformar o volume de jogo em mais gols para subir na tabela.