O Corinthians obteve um liminar para adesão no
Regime Centralizado de Execuções (RCE) nesta última segunda-feira (3), buscando reorganizar o pagamento de suas dívidas, que somam impressionantes
R$ 2,4 bilhões . A decisão judicial suspende os bloqueios bancários que vinham afetando o clube, proporcionando um descanso temporário e a oportunidade de apresentar um plano de pagamento no prazo de 60 dias, conforme previsto na Lei nº 14.193/2021, que regula as Sociedades Anônimas do Futebol (SAF) .
- Bertolucci Assessoria e Propaganda Esportiva (Giuliano Bertolucci):
- Montante: R$ 78,2 milhões .
- Observação: Até o momento, Bertolucci não acionou judicialmente o clube.
- Carlos Leite (por meio das empresas B&C e RC Consultoria):
- Montante total: R$ 55,9 milhões , divididos em:
- R$ 33,2 milhões pela B&C.
- R$ 22,7 milhões pela RC.
Carlos Leite, que já acionou a Justiça, tomou decisão favorável em outubro, obrigando o Corinthians a pagar
R$ 33,4 milhões , referente a comissões por renovações de atletas como Cássio, Gil e Fagner, além de outras negociações.
- R$ 703 milhões : Caixa Econômica Federal (relacionado à Neo Química Arena).
- R$ 811 milhões : Dívidas tributárias.
- R$ 379 milhões : Dívidas cíveis e trabalhistas, incluindo os mencionados acima.
O clube pretende organizar o fluxo de pagamentos, garantindo que todos os credores sejam quitados de forma ordenada, evitando novos bloqueios. Essa medida é crucial para a saúde financeira do Corinthians, que busca reduzir o impacto das dívidas enquanto mantém suas operações.
Essa decisão marca um passo importante na tentativa de estabilizar financeiramente o clube, mas também evidencia o desafio monumental que a diretoria enfrenta para honrar seus compromissos.