O goleiro Tom Cristian, da Portuguesa Santista, relatou detalhes do episódio de racismo que sofreu na partida contra o São José, pela 11ª rodada da Série A2. O jogador foi alvo de insultos vindos da própria torcida do clube, sendo chamado de “macaco” e “nego”.
“Receber ataques da própria torcida é algo que pode acontecer em momentos ruins, mas quando passa a cobrança para a discriminação racial, isso não pode ser tratado com normalidade. Minha primeira reação foi comunicar a arbitragem”, afirmou o goleiro.
Apesar do impacto emocional, Tom queria atuar na rodada seguinte, mas foi poupado pela comissão técnica.
“Eu queria jogar, mas o clube optou por me poupar. O boletim de ocorrência já foi registrado e agora cabe à polícia tomar as medidas cabíveis. O que me conforta é saber que tenho total apoio do clube, dos meus companheiros e da diretoria”, disse o jogador.
A Portuguesa Santista reforçou seu posicionamento contra o racismo e apoio irrestrito ao atleta. O caso gerou revolta e reacendeu a necessidade de punições severas para episódios de intolerância.
“Espero que essa denúncia sirva de exemplo, para que isso não aconteça novamente. A FPF tem campanhas de conscientização, mas os casos continuam avançando. Precisamos seguir nessa luta”, concluiu Tom.
A Briosa volta ao campo na quarta-feira (26), contra o líder Primavera, de Ulrico Mursa, e o jogo pode marcar o retorno do goleiro.