Nova gestão de Luiz Torrano adota plano emergencial, suspende contratações e tenta reorganizar cofres antes do Paulistão
Foto: Marcos Ribolli / PontePressA Ponte Preta divulgou nesta quinta-feira as primeiras medidas administrativas da gestão do presidente Luiz Antônio Alves Torrano, eleito há 11 dias para comandar o clube no quadriênio 2026–2029. Em meio a uma grave crise financeira, o dirigente estabeleceu um plano emergencial para reduzir despesas e reorganizar os cofres alvinegros.
De acordo com nota oficial, Torrano determinou aos departamentos jurídico, financeiro, médico e de futebol a elaboração imediata de um projeto para corte de até 30% nos custos operacionais. A recomendação inclui também a suspensão de novas contratações de funcionários por 90 dias, com exceção apenas de reposições consideradas indispensáveis e desde que realizadas com valores menores que os atuais.
A diretoria esclareceu que a restrição não afeta a busca por reforços para o elenco profissional, que segue em andamento para a disputa da próxima temporada.
As determinações foram tomadas após reuniões com o Conselho Fiscal e com diretores de áreas estratégicas.
De acordo com o comunicado, funcionários do futebol acumulavam até sete meses de salários atrasados, enquanto os jogadores tinham em média três meses sem receber, além de direitos de imagem pendentes.
O clube também lida com travas judiciais, incluindo bloqueios de receitas decorrentes de dívidas trabalhistas. Entre elas, destaca-se o processo movido pelo técnico Hélio dos Anjos, no valor de R$ 1,2 milhão, que resultou em determinação judicial para penhora de recursos da Ponte.
No âmbito esportivo, a prioridade da gestão Torrano é retirar o transfer ban imposto pela CNRD por descumprimento de um acordo anterior. A punição impede o registro de novos atletas, e a meta da diretoria é solucionar o caso até 5 de janeiro, abertura da janela de inscrições do Campeonato Paulista.
A Ponte estreia no Paulistão no dia 11 de janeiro, contra o Corinthians, na Neo Química Arena.