O Tupã quase garantiu sua vaga na segunda fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão Sub-23, mas sofreu um gol no final da partida contra a Esportiva Santacruzense e acabou eliminado na última rodada da primeira fase. A derrota frustrou as expectativas do clube e da torcida do Índio Guerreiro Tricolor.
O técnico Netto Gonçalves, que assumiu a equipe nas últimas três rodadas, comentou sobre a campanha em entrevista ao portal Futebol Interior:
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“Pegamos o time do Tupã a três jogos do final. O primeiro jogo, contra o Assisense, foi muito bom, mas perdemos mais pela qualidade do adversário, que tem jogadores com capacidade de definir. Contra o Olímpia, que já não tinha chances, conseguimos o resultado graças a Deus e ao trabalho de uma semana cheia. Já no jogo contra a Santacruzense, precisávamos vencer. Estávamos com o placar favorável até os 40 minutos do segundo tempo, quando eles acertaram um belo chute. Depois ainda tivemos chances, mas não conseguimos concluir em gol.”
Netto Gonçalves falou também sobre sua trajetória profissional, que inclui passagens pelo exterior e uma longa carreira no futebol brasileiro:
“Morei três anos na Inglaterra, onde comecei a trabalhar com futebol após encerrar minha carreira como jogador. Atuei na base e em categorias menores. Em 2011, fui para a África do Sul, onde trabalhei por um ano no futebol profissional e nas categorias de base. Depois voltei ao Brasil, passando por clubes em Goiás e no interior de São Paulo, como Porto Feliz, onde trabalhei com o ex-São Caetano Adhemar. Em 2017, fui para o Audax.”
Além disso, Netto passou por América de Morrinhos, Caldas Novas, Goiatuba, Grêmio Prudente, Lemense, Santacruzense, Flamengo de Guarulhos, Portuguesa Santista e foi auxiliar de Tupazinho no acesso do Tupã. Ele destacou ter aprendido muito com treinadores experientes, como João Valim, Bira Arruda e Rodrigo Cabral.
Netto Gonçalves vive em Tupã há 12 anos e tem uma relação especial com o clube e a cidade:
“Foi muito triste a eliminação, especialmente pela torcida, pela cidade e pelo clube que aprendi a amar. Cheguei aqui em 2013 como auxiliar do Tupazinho, e já conseguimos o acesso naquele ano. Tenho um carinho enorme pelo Tupã. Moro aqui e conheço bem a realidade do clube. A diretoria me chamou em um momento difícil, e o elenco mostrou muita atitude, caráter e profissionalismo. Trabalhei com um grupo excelente, mesmo que por apenas três semanas. Gostei muito da experiência.”
O treinador destacou a importância da passagem pelo comando do Tupã e a necessidade de planejamento mesmo em divisões inferiores:
“Foi uma experiência muito positiva. Conseguimos performar, aplicar conceitos e princípios de jogo. Muitos dizem que essa divisão é só bola longa, mas o futebol atual exige mais do que isso. Com um pouco mais de investimento, teríamos conquistado a classificação. Fico triste, pois o Tupã tem uma torcida apaixonada e merece estar em outro patamar. A lição que fica é que o planejamento faz toda a diferença, inclusive na quinta divisão.”