Três clubes paulistas aparecem em ranking de melhores bases do mundo

O futebol brasileiro segue como referência global na formação de atletas, e os clubes de São Paulo lideram essa tradição. Em novo levantamento do Observatório do Futebol do CIES (Centro Internacional de Estudos Esportivos), divulgado nesta quarta-feira (22), São Paulo, Corinthians e Palmeiras figuram entre as 20 instituições mais formadoras do mundo, um reconhecimento do trabalho contínuo nas categorias de base.

O São Paulo aparece como o brasileiro mais bem posicionado, ocupando o 12º lugar. Logo atrás vêm o Corinthians, em 14º, e o Palmeiras, em 18º. O estudo, que considera jogadores em atividade nas 49 principais ligas do planeta, também coloca o Flamengo em 15º, completando a lista dos brasileiros entre os 20 primeiros.

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Tradição e renovação nas bases paulistas

No São Paulo, a política de revelar jovens talentos é parte da identidade do clube. Nomes como Kaká, Casemiro, Militão e Anthony nasceram em Cotia, um dos centros de formação mais modernos do país. O resultado é uma base reconhecida pela regularidade e pelo impacto direto no futebol internacional.

O Corinthians mantém há anos uma das escolas mais produtivas do Brasil. O clube investe fortemente em estrutura e em competições de base, o que garantiu a revelação de nomes como Willian, Marquinhos e Pedrinho. A presença entre os melhores do mundo reforça a capacidade do Timão de formar atletas competitivos e adaptados ao futebol profissional.

O Palmeiras, por sua vez, colhe os frutos de um projeto recente, mas ambicioso. A Academia de Futebol 2, em Guarulhos, tornou-se um centro de excelência e já revelou uma geração de destaque, com Endrick, Estevão e Luis Guilherme como principais exemplos. O investimento em tecnologia, metodologia europeia e integração com o time principal acelerou a consolidação do clube no cenário mundial.

Como o CIES mede o sucesso formador

O ranking internacional avalia três fatores: número de jogadores formados, nível dos clubes que os empregam e tempo de jogo em minutos durante a última temporada. Para ser considerado “formado” por um clube, o atleta precisa ter atuado por pelo menos três anos entre os 15 e 21 anos.

O objetivo do estudo é valorizar o trabalho de longo prazo e mensurar o verdadeiro impacto dos clubes no futebol profissional global. Assim, o ranking destaca instituições que não apenas revelam, mas também preparam jogadores para atuar nas principais ligas do planeta.

Brasil segue potência no futebol de base

O levantamento reforça o peso da América do Sul na formação de talentos. A Argentina lidera em número de clubes entre os 100 primeiros, com 15 representantes, três deles no top 10. O Brasil aparece logo atrás, com 11 clubes listados, incluindo Santos (31º), Grêmio (33º), Cruzeiro (35º), Internacional (37º), Fluminense (38º), Athletico Paranaense (58º) e Atlético-MG (81º).

Entre os líderes globais, o Benfica (Portugal) ocupa a primeira posição, seguido por Barcelona (Espanha) e River Plate (Argentina). Ainda assim, o desempenho dos clubes brasileiros confirma a força das bases nacionais e o potencial de exportação que sustenta o futebol do país, dentro e fora de campo.