Edílson da Silva Ferreira, mais conhecido como Edílson “Capetinha”, é mais lembrado atualmente por seu trabalho como comentarista, mas foi um grande jogador de futebol. Principalmente na década de 1990, Edílson teve grande destaque no futebol brasileiro, atuando por gigantes do nosso país e da seleção brasileira. Comemorando hoje (17) o seu aniversário de 54 anos, conquistou três vezes o título do Paulistão, duas pelo Palmeiras (1993 e 1994) e uma pelo Corinthians (1999).
Ele que também foi campeão da Copa do Mundo em 2002, tem uma belíssima carreira, com 305 gols oficiais em 711 partidas. Natural de Salvador, na Bahia, chamou atenção dos grandes clubes no Guarani em 1992, valendo uma transferência para o Palmeiras no ano seguinte. Pelo Verdão, atuando como meia, foi um dos destaques do Paulistão de 1993, com muita velocidade e contribuindo com 11 gols. Na final, o Palmeiras goleou o rival Corinthians por 4 a 0, no jogo em que o Palestra “saiu da fila”.
No ano seguinte, após conquistar também o Campeonato Brasileiro em de 1993, o conhecido time da Parmalat conquistou seu segundo Paulistão em sequência. No formato de pontos corridos, chegou na última partida contra o Timão com a taça garantida, terminando 10 pontos a frente do São Paulo, vice-campeão. Dessa vez, Edilson marcou seis gols em 15 partidas disputadas. No mesmo ano, se transferiu ao Benfica de Portugal, onde ficou apenas uma temporada.
Depois de retornar da Europa, o jogador se transferiu ao futebol japonês, passando dois anos no Kashiwa Reysol. Com a marca impressionante de 58 gols em 74 jogos, se juntou ao Corinthians estrelado do fim dos anos 90. O time contava com nomes como Rincón, Marcelinho Carioca, Dida, Kléber, Gamarra, Luizão, entre outros.
As embaixadas

Edílson conseguiu acertar chute em Paulo Nunes após “tomar o primeiro”
Na final do Paulistão de 1999, o “Capetinha” foi o grande protagonista. Jogando pelo “time do povo”, contra o clube pelo qual se destacou, Edílson disputou mais um Derby na final do Campeonato Paulista. Fez o primeiro gol do jogo de ida, que acabou em 3 a 0 para o Corinthians. No jogo de volta, após o Palmeiras conquistar a Libertadores de 1999, o clima estava hostil. Com o “Verdão” na frente por 2 a 1, o agora atacante fez o gol de empate e nos minutos finais da partida protagonizou um dos maiores lances da história do clássico. As embaixadinhas, seguidas da voadora de Paulo Nunes e uma confusão generalizada.
Com o empate de 2 a 2, o título ficou com o Corinthians, o terceiro da carreira de Edilson. No fim de sua carreira, voltaria a disputar o Paulistão pelo São Caetano, em 2005.