Na última segunda-feira (25), o técnico Elio Sizenando, comandante do Capivariano, foi o sétimo entrevistado do Projeto TSP Especial. Durante o bate-papo, ele compartilhou detalhes sobre a preparação do Leão da Sorocabana para a próxima Série A2, falou sobre o mercado de jogadores, a filosofia de trabalho, os desafios do calendário e as dificuldades de competir com equipes financeiramente mais estruturadas.
Com sua visão estratégica e experiência no futebol paulista, Elio abordou temas fundamentais para entender como o Capivariano se prepara para uma das competições mais equilibradas do estado. Confira os principais pontos da entrevista e, ao final, não esqueça de apertar o play para assistir ao conteúdo completo!
CAPIVARIANO: UM TIME FOCADO EM DESENVOLVER TALENTOS
Elio Sizenando começou explicando o modelo de trabalho do Capivariano, que se destaca pelo foco no mercado de base e na valorização de atletas. “Estamos em um time para vender”, declarou. O objetivo é buscar jogadores com potencial de crescimento, desenvolvê-los e transformá-los em peças valiosas no mercado.
Essa estratégia depende de uma análise minuciosa das partidas, não apenas do próprio time, mas também dos adversários. “Temos analista, eu e o Luís ficamos vendo os jogos e atentos às partidas. Não só os nossos jogos, mas também os dos adversários, para ver se encontramos algum jogador”, revelou. Essa abordagem permite ao Capivariano identificar talentos que possam se encaixar no elenco e contribuir para o desempenho em campo.
SÉRIE A2: DESAFIOS DE UMA COMPETIÇÃO INTENSA
A Série A2 é uma das competições mais disputadas do país, e Elio reconhece as dificuldades que ela impõe. “A Série A2 é muito qualificada. O jogo mudou muito, e precisamos saber usar bem os atletas para tirar o melhor de cada um”, comentou. Ele destacou que o futebol atual exige intensidade, velocidade e técnica como pilares para o sucesso.
Além do nível técnico elevado, o calendário da competição é um grande desafio. Com 15 jogos em apenas 53 dias, as partidas às quartas e sábados exigem um planejamento logístico impecável e um elenco preparado fisicamente. “Precisamos de jogadores bem fisicamente, que consigam suportar a intensidade dos jogos consecutivos e manter um alto nível de performance”, explicou Elio.
O técnico também adota uma postura pragmática em relação às metas do time. “A primeira coisa que o Capivariano pensa é garantir a pontuação para se manter, que são 14 a 15 pontos. Depois, pensamos em 21 a 22 pontos para garantir a classificação. Eu sou pé no chão”, afirmou.
PERDAS NO ELENCO E O MERCADO COMPETITIVO
A temporada de 2024 trouxe desafios significativos, como a saída de jogadores importantes. “Faltou um pouco de elenco. Perdi atletas como Leonam, Pasari e Luis Gustavo, e isso nos impactou bastante”, avaliou Elio. A demora para contratar reforços também foi um problema. “Demoramos para trazer um extremo, e o Mococa só foi crescer na reta final.”
Outro exemplo das dificuldades do mercado foi a saída de Anderson Paulo. “Eu até contava com ele, mas recebeu uma proposta de contrato de um ano no Marcílio Dias. Não teve como concorrer”, explicou Elio, destacando a realidade de competir com clubes que oferecem condições mais atraentes.
COPA PAULISTA: UMA BASE SÓLIDA É FUNDAMENTAL
Além da Série A2, Elio também falou sobre a Copa Paulista e os desafios de montagem de elenco. “Em relação ao nível da Copa Paulista, as direções muitas vezes não sabem o que querem. Às vezes, os clubes trazem 25 jogadores de fora, mas o ideal é ter pelo menos 10 jogadores já integrados ao time”, opinou. Ele acredita que a falta de continuidade no elenco prejudica o desempenho coletivo e desperdiça recursos.
FILOSOFIA DE JOGO: PROTAGONISMO E INTENSIDADE
Elio é firme ao definir sua abordagem em campo: não há espaço para equipes que só se defendem. “Eu não tenho mais medo. Tenho que pressionar alto, preciso chutar bola no gol. Não consigo mais ficar com uma equipe que só faz se defender”, afirmou.
Ele busca construir times intensos, compactos e coletivos, onde todos os jogadores, inclusive o goleiro, tenham participação ativa. “Procuro fazer times que joguem com intensidade, velocidade e técnica. Isso é o que faz a diferença”, explicou. Apesar de ser exigente com seus atletas, Elio acredita no potencial de evolução. “Sou muito chato com jogador. Tento mudar a mentalidade deles. Fiz isso com Yuri Tanque e sempre procuro trazer pessoas que queiram aprender e crescer.”
Como sétimo entrevistado do Projeto TSP Especial, Elio Sizenando trouxe uma visão clara e estratégica sobre os bastidores do Capivariano. Desde o desenvolvimento de talentos até a montagem do elenco e a logística para competições intensas como a Série A2 e a Copa Paulista, Elio mostrou por que sua abordagem é diferenciada.
Quer saber mais sobre as ideias e os desafios do técnico Elio Sizenando? Aperte o play e confira a entrevista completa. Está imperdível!
