O técnico Alberto Valentim valorizou a atuação da Ponte Preta mesmo com a derrota por 1 a 0 para o Corinthians, nesta quarta-feira (29), no Moisés Lucarelli. O treinador destacou o desempenho da equipe diante das dificuldades impostas pelo gramado pesado, afetado pela forte chuva.
Apesar das condições adversas, a Macaca criou boas oportunidades ao longo da partida, mas sofreu o único gol do jogo no segundo tempo, marcado por Talles Magno.
“O time fez uma grande partida, considerando as dificuldades que o campo apresentou para as duas equipes. O time entendeu bem como deveria ser o jogo, que exigia muito fisicamente e demandava grande atenção na construção das jogadas. Os jogadores se doaram muito. Quando eles ficaram com um a menos, fizemos boas jogadas, mas, infelizmente, a bola não entrou. Tivemos bola na trave, escanteios perigosos e jogadas de movimento. Em uma delas, o Bruno [Lopes] jogou de cabeça para dentro, e por pouco não marcamos”, analisou.
Valentim lembrou do empate sem gols contra a Portuguesa, na terceira rodada, quando a Ponte Preta teve dois jogadores a mais no segundo tempo, mas não conseguiu vencer. Segundo o treinador, a postura da equipe contra o Corinthians, com um jogador expulso na segunda etapa, foi diferente.
“A equipe está de parabéns pelo que fez. Hoje fomos muito diferentes do que contra a Portuguesa, quando fomos um time mais nervoso, mais lento e com tomadas de decisão erradas. Desta vez, temos que parabenizar esses guerreiros. O resultado não foi o que merecíamos”, avaliou o treinador.
Valentim também comentou sobre o gol sofrido e descartou que tenha ocorrido por falta de substituições. Segundo ele, a jogada foi influenciada pelo estado do gramado, que acumulava água.
“Não tomamos o gol por falta de substituições. Foi uma jogada em que a bola ficou presa na poça d’água, e preciso rever se isso ajudou mais o adversário. Mas não acho que o gol tenha ocorrido pela demora em mexer no time. O Danrlei, por exemplo, estava um pouco atrás fisicamente, mas sustentou bem o jogo, fazendo pivô e atacando espaços. Então, acredito que não tenha sido por isso.”
A forte chuva que atingiu Campinas atrasou o início da partida em 35 minutos e obrigou a equipe a mudar sua preparação. O treinador explicou como a comissão técnica precisou adaptar a estratégia diante da situação inesperada.
“Quando descemos para a preleção, tivemos que mudar tudo. Nossa preparação é baseada em tópicos e vídeos dos treinos, mostrando nossas saídas curtas de tiro de meta e ideias de ganhar campo do adversário. Mas, quando vimos as imagens do estádio e do hotel alagado, percebemos que o campo não tinha condições para essa estratégia. Foi atípico, pois preparamos tudo, mas tivemos que adaptar na hora. Eles fizeram uma ótima leitura da partida e responderam bem ao que o jogo exigia”, explicou Valentim.
O treinador ainda comentou a ausência de Pedro Vilhena e revelou que o meio-campista não conseguiu ter condições físicas para entrar em campo.
“O Pedro, a princípio, não iniciaria o jogo, mas estava com muitas dores e não conseguiu treinar. A ideia era levá-lo para essa partida, mas ele não estava apto fisicamente. Sendo muito sincero, para esse jogo ele não estaria entre os 11 titulares.”
Com a derrota, a Ponte Preta perdeu a invencibilidade no Campeonato Paulista. A equipe soma seis pontos, com uma vitória, três empates e uma derrota, ocupando a terceira colocação do Grupo D.
O próximo desafio será no domingo (2), às 16h, contra o Água Santa, fora de casa. Valentim destacou que a condição física dos jogadores será analisada antes da definição da equipe titular.
“Vamos pensar no próximo jogo, que será contra o Água Santa. Sempre falei, até mesmo depois da nossa vitória na primeira rodada, que vamos avaliar muito bem o lado físico. Primeiro, temos que ver as condições do Serginho e daqueles que terminaram o jogo. Também precisamos avaliar o Saimon, que já estava com câimbras. Só depois disso tomaremos a decisão sobre quem inicia e quem viaja para essa partida importantíssima”, finalizou.