A Ponte Preta entrou na reta final de preparação para a estreia na Série C do Campeonato Brasileiro. O primeiro compromisso será neste sábado, às 16h, contra o Figueirense, fora de casa. Em entrevista, o técnico Alberto Valentim avaliou a preparação da equipe e projetou o início da competição.
Ao comentar o cenário da Série C e o perfil que espera da Ponte Preta, Valentim destacou os desafios e a necessidade de regularidade.
“A gente sabe que vai encontrar dificuldades na Série C. Com equipes mais novas, mas muito organizadas, equipes tradicionais. E a Ponte é uma referência nessa Série C. Vai ser um campeonato difícil, onde nós teremos que ter um nível de atenção, um nível de comprometimento, um nível de sacrifício altíssimo. Para nós fazermos dessa temporada, dentro desse campeonato que é nosso principal objetivo, nosso alvo maior, é um time que sabe bem o que tem que fazer esse ano, principalmente na Série C. Fizemos uma boa participação no Campeonato Paulista, a Copa do Brasil tem que nos servir de lição também, pela eliminação da primeira fase, e nós unirmos forças com um time muito humilde, muito corajoso, de guerreiros, um time de operários, um time com uma certeza única de que não pode, de maneira alguma, baixar a guarda. Vai ter que fazer um ano de muita entrega, de muita responsabilidade para todos”, declarou.
A equipe de Campinas está há mais de 40 dias sem disputar uma partida oficial. O último jogo foi a derrota por 2 a 1 para o Concórdia-SC, no dia 26 de fevereiro, pela primeira fase da Copa do Brasil. Desde então, o elenco tem treinado focado na disputa da Série C e na busca pelo retorno à Série B.
Diante do longo período sem compromissos, o treinador pontuou o lado positivo da intertemporada.
“Eu vejo pelo lado positivo. Potencializarmos algumas coisas que nós não tivemos condições de treinar no Paulista, pelo fato de termos tido jogos a cada três dias. Tem que servir de uma base mais forte essa intertemporada nossa, de ajustes que estão sendo feitos no dia a dia. Acredito que vai ser, num médio e longo prazo, um lado muito positivo essa parada de preparação que nós tivemos.”
Sobre a estreia fora de casa e o adversário, Valentim reforçou a importância do equilíbrio físico, técnico, tático e mental.
“Estamos procurando ajustar tudo, dando esse lado tático, técnico, físico para os jogadores. O lado mental vem muito no nosso dia a dia. Eu sempre falo para os jogadores que é preciso se aproximar o máximo da realidade do jogo no lado mental, que é importante, além dos outros aspectos físicos, técnicos e táticos. O Figueirense é um time que está se reestruturando também, que fez algumas contratações pelo fato de não ter ido mais longe no Campeonato Estadual. Jogo difícil, lá é sempre difícil jogar, com um treinador que tem suas ideias muito claras. Vamos procurar fazer muito bem a nossa parte para anularmos aquilo que eles têm de forte e potencializar aquilo que a gente tem de melhor na nossa equipe, no nosso grupo”, declarou o treinador.
O técnico também comentou sobre as referências ofensivas, Jeh e Elvis, que estão em processo de recondicionamento físico.
“O Jeh está se recuperando bem, está quase numa transição, quase fazendo parte já dos treinos normais com o elenco. É uma evolução muito boa, está ganhando esse lado físico, entrando na sua forma física. É lógico, sem ritmo de bola ainda, mas no peso ideal, na parte física que a gente espera. Depois, com o grupo, ele vai readquirindo o lado tático, o lado técnico, tempo de bola, tudo aquilo que precisa com quem treina normalmente. O Elvis também é um jogador que precisou de mais tempo para entrar em forma, acabou se lesionando. Está fazendo um trabalho à parte, e nós temos que ter um cuidado grande para que ele faça um esforço maior para entrar em forma e ser realmente um jogador diferente para nós. É sempre importante perguntar dos jogadores mais representativos tecnicamente, mas temos que lembrar que todos precisam estar com a mesma ideia de que o grupo vai ser muito importante.”
Por fim, Valentim valorizou os reforços contratados para a disputa da Série C:
“São nomes importantes, fortalecendo aquilo que a gente tinha de ideias desde as nossas primeiras conversas, como comissão técnica e diretoria, com o presidente. Buscamos perfis que representam o espírito da Ponte: jogadores experientes, aliados a alguns mais jovens, para que continuemos aquilo que começamos de bom nessa primeira parte do ano. É para agregar, nos ajudar, fortalecer cada setor do nosso time”, finalizou o técnico.
