Novo presidente herda dívidas, atrasos salariais e bloqueios que ameaçam a preparação para 2026
Foto: Marcos Ribolli/ PontePressNo último domingo, 30, Luiz Torrano foi eleito o novo presidente da Ponte Preta, e assume o clube em meio a grandes problemas financeiros e administrativos. O ex-juiz chega ao cargo sob forte pressão, diante de urgências financeiras e da missão de preparar a equipe para disputar o Paulistão e a Série B de 2026.
O primeiro passo deverá ser em um ajuste urgente para o clube se preparar adequadamente para próxima temporada: os salários atrasados. A diretoria da Ponte já vem, desde o fim da Série C, tentando renovar o contrato de peças importantes do elenco, porém, tem esbarrado na barreira financeira, oque desmotiva os atletas a permanecerem no clube em 2026.
Alguns desses problemas financeiros são muito complicados e precisam de uma negociação emergencial. Um deles, é a quitação de parcelas atrasadas de um débito para a CNRD, de cerca de R$ 18 milhões. O clube campineiro já negociou um pagamento de R$ 150 mil mensais, mas deixou de pagar algumas parcelas ao longo do ano.
Além disso, o time atualmente conta com um transfer ban e também bloqueios judiciais. Estes causados pelo não cumprimento de um acordo com a dívida de Hélio dos Anjos, de R$ 1,2 milhão.
O presidente terá que recorrer a fontes monetárias urgentemente para quitar e negociar dívidas, para poder enfim ir ao mercado e contratar novos atletas para uma temporada de alta demanda da Macaca, na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro e do Paulistão A1, que tem início no dia 11 de janeiro.
Ao assumir a presidência, Torrano declarou que os problemas serão enfrentados e garantiu prioridade máxima à reestruturação administrativa. O caminho, no entanto, é extenso e requer articulação política, reconstrução das finanças, restauração da confiança interna e medidas urgentes para evitar que o acesso conquistado em 2025 seja comprometido pelo cenário de instabilidade que domina o clube.