Vojvoda evolui Santos, mas segue no sufoco

Passadas as primeiras oito rodadas sob o comando de Juan Pablo Vojvoda, o Santos ainda não conseguiu se afastar da zona de rebaixamento no Brasileiro Série A. Apesar da avaliação interna positiva sobre o profissionalismo e a evolução tática e coletiva do time, uma postura muito diferente da vista nos meses anteriores, o aproveitamento de apenas 37% (9 pontos de 24 possíveis) não foi suficiente para tirar o Peixe do sufoco, exigindo muito suor nas rodadas finais.

A grande contradição do trabalho reside no fato de o Santos ter vencido clássicos importantes (contra São Paulo e Corinthians), mas ter tropeçado em jogos considerados mais acessíveis. O principal gargalo do time é a dificuldade em transformar a evolução técnica em vitórias, com problemas graves de pontaria individual quando a equipe cria chances de gol. Este cenário é agravado pela ausência de Neymar, a peça de criação contratada para decidir jogos complicados.

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O clube já diagnosticou que a solução imediata passa por dois caminhos: a comissão técnica precisa repensar algumas ‘escolhas questionáveis’ feitas pelo argentino, e o elenco deve melhorar a efetividade no ataque. Peças como Guilherme, Barreal e Lautaro Díaz não renderam o esperado, e atletas pouco utilizados como Brahimi e Caballero podem surgir como alternativas na bráguela por posições na linha de frente.

Com o meio-campo sofrendo com desfalques importantes por suspensão e lesão (João Schmidt, Tomás Rincón e Zé Rafael) e o setor defensivo em constante análise (como a lateral esquerda com Escobar e Souza), a urgência por pontuação é máxima. O Santos precisa que o profissionalismo de Vojvoda finalmente se traduza em vitórias consistentes para que a equipe consiga realizar mudanças pontuais e garantir a permanência na Série A.