Após quase um mês de preparação sob o comando de Márcio Zanardi, o Botafogo-SP encerrou a pré-temporada com um treino nesta terça-feira (14), em Ribeirão Preto. O técnico, que liderou 40 sessões de treinamento, destacou a evolução da equipe e projetou a estreia no Campeonato Paulista.
Durante a preparação, o Botafogo-SP realizou quatro jogos-treinos. Empatou com Sertãozinho e Monte Azul, perdeu para a Ferroviária e venceu o time sub-20 do clube. Apesar dos resultados variados, Zanardi ressaltou que o foco principal foi a adaptação do elenco às ideias de jogo.
“Em 30 dias, nós fizemos quase 40 sessões de treinamentos. E o resumo é muito bom. Os resultados de jogos treinos é o que estamos menos preocupados. Eu consegui tirar tudo que tinha de dúvidas, conhecer os jogadores que chegaram, para que eles entendessem a forma que eu penso. Tenho que ter a inteligência de usar os melhores jogadores dentro das características, potencializar não só o que eu penso mas onde eles podem render melhor”, comentou o técnico.
Claro que se você me perguntar se eu tô satisfeito, eu nunca vou estar. A gente sempre quer mais tempo, a gente quer um time um pouco mais entrosado. Mas os jogadores estão muito bem preparados, a gente tá muito feliz, a gente tá muito contente”, completou.
Com 11 reforços contratados e um grupo de 25 atletas, ainda pensando em integrar jovens que disputaram a Copinha, dessa forma, Zanardi acredita que a equipe vive um processo de construção.
“A gente tem dois jogadores por posição. Deixamos o grupo um pouco mais enxuto também porque sabíamos que vamos integrar jogadores que estavam na Copinha. É um processo. O campeonato é duro. Sempre tem algumas questões de lesões, de cartões, suspensão, então a gente tá bem no limite ali dentro do que a gente acredita”, pontuou o treinador.
Após quatro anos no comando do São Bernardo FC, Márcio disputará pela primeira vez o Paulistão no comando do Botafogo-SP. Ele destacou a tranquilidade do time na disputa e ressaltou o fator coletivo.
“Parece que todo ano que eu vou jogar um Paulista é o melhor Paulista. As equipes vão evoluindo. É uma competição diferente, bacana, e o Botafogo vai entrar com muita tranquilidade. A gente tem que deixar o favoritismo pros outros. Nosso lema aqui, o que a gente tá construindo é o todo. A gente não tem grandes estrelas, a estrela do nosso time vai ser o conjunto, vai ser o trabalho, e assim que nós vamos jogar”, afirmou.
No clube desde setembro do ano passado, Márcio inicia sua segunda temporada no Pantera. Agora, após uma pré-temporada completa, o treinador falou sobre o momento da equipe e os desafios do estadual.
No Paulistão de 2023, o Botafogo-SP foi eliminado ainda na primeira fase. No Grupo D, ao lado de São Paulo, Novorizontino e São Bernardo, então treinado por Zanardi, o time de Ribeirão Preto fez a pior campanha do grupo, somando apenas 12 pontos em três vitórias, três empates e seis derrotas. Para Márcio, a expectativa em 2024 é outra.
“Nós vamos ter 12 finais. Acho que, quando cheguei aqui na Série B, seguimos essa mesma lógica. Temos que encarar cada partida como uma decisão. Precisamos somar os primeiros pontos para nos manter na Série A1. Mas também estamos aqui para brigar pela classificação. Nosso grupo é complicado, difícil, mas isso nos motiva. Nos preparamos para grandes jogos, e os jogadores precisam aproveitar esse momento. É importante trazer o Estádio Santa Cruz para o nosso lado, conquistar o torcedor, mas isso só será possível com boas atuações e muito empenho. O torcedor merece, e é isso que vamos buscar.”
O Botafogo-SP estreia no Paulistão contra o Guarani nesta quarta-feira, fora de casa, às 19h30. Assim, Márcio aproveitou para analisar o adversário, comandado por Maurício Souza, com quem já teve contato nos tempos de base.
“O Guarani está um pouco no escuro para nós. Temos uma ideia baseada nos jogadores que contrataram. Sabemos o quanto o rebaixamento [para a Série C no Brasileiro] é difícil, mas isso já passou. Eles ainda estão na Série A1, têm qualidade e contam com um grande treinador. O Maurício e eu jogamos juntos na base, no Flamengo, e nos conhecemos bem. Ele é um técnico que gosta de posse de bola, um time que agride bastante e pressiona alto. Analisamos o estilo dele para nos prepararmos. Minha estratégia considera muito as características do adversário, e isso será essencial para fazermos um grande jogo.”