Luis Zubeldía deixou o Allianz Parque com a sensação de que o São Paulo foi eliminado de forma injusta pelo Palmeiras, após derrota por 1 a 0 na semifinal do Campeonato Paulista, nesta última segunda-feira (10). Em sua coletiva de imprensa, o treinador criticou a arbitragem e questionou o uso do VAR na marcação do pênalti de Arboleda em Vitor Roque.
“O que aconteceu hoje não pode mais se repetir. O juiz pode errar, acontece, mas o VAR não pode errar e simplesmente ignorar a jogada. Estamos em 2025, com profissionais experientes capacitados para analisar esse tipo de lance. Sempre defendi o VAR, por isso me sinto frustrado hoje. Os responsáveis pelo VAR sequer chamaram o juiz para revisão do lance, e ele marcou o pênalti estando a 30 metros de distância”, desabafou o técnico.
Para Zubeldía, a falha na arbitragem prejudicou todo o trabalho da equipe.
“Isso afeta jogadores, dirigentes, comissão técnica… Um erro como esse não pode acontecer com toda a tecnologia disponível. Antes, quando não havia VAR, até se entendia, mas hoje é inadmissível. O que aconteceu nesta partida, nesse lance específico, foi uma vergonha. Manchou o espetáculo e nos tirou a chance de disputar a final”, completou.
Apesar da eliminação, o treinador avaliou que o São Paulo fez um jogo equilibrado contra o Palmeiras.
“Entramos bem, com postura. Nossa ideia era justamente essa: nos impor e buscar a vaga. Sabíamos que enfrentávamos um time muito forte defensivamente, com jogadores experientes. Poderíamos ter criado mais nos minutos finais, mas, no geral, fizemos um bom jogo. Faltaram chances mais claras, mas competimos de igual para igual”, analisou.
Zubeldía também destacou pontos positivos do tempo, mas admitiu que ainda há ajustes a serem feitos.
“A equipe tem mostrado competitividade e busca importar seu estilo em todas as partidas. É claro que há pontos a melhorar, principalmente na profundidade do jogo. Com o tempo, isso vai evoluir. Mas hoje, contra um adversário difícil, nos mantivemos dentro da partida o tempo todo. Eles também não tiveram muitas chances. Era um jogo de detalhes, e quem aproveitasse melhor as oportunidades sairia vencedor”, afirmou.
Uma das surpresas da escalação foi Oscar participando como segundo volante, decisão que o técnico justificou e aprovou.
“A ideia era que ele participasse mais da construção do jogo. Atuando um pouco mais recuado, ele teve mais contato com a bola.