Após a derrota por 2 a 1 para o Sport, no último domingo (24) da Série B, o técnico interino do Santos, Leandro Zago, concedeu entrevista coletiva e analisou o desempenho da equipe. Em uma partida que marcou o encerramento da participação do Peixe na competição, Zago teve apenas alguns dias para preparar o time e falou sobre os desafios enfrentados em campo e os planos futuros no comando do Sub-20 do clube.
Preparação curta e desafios em campo
Comandando o time principal pela primeira vez, Leandro Zago ressaltou as dificuldades impostas pelo curto período de treinamento e pelas ausências de jogadores importantes. “Tivemos três, quatro sessões de treino para preparar o jogo. Era um confronto com valores diferentes para as duas equipes. Para o Sport, valia muito mais, enquanto para nós era um encerramento de ciclo. Mesmo assim, os jogadores foram muito profissionais e treinaram como se fosse uma semana de decisão”, explicou.
Apesar de lamentar o resultado, Zago destacou o esforço da equipe para competir em um jogo difícil, ainda mais no ambiente intenso da Ilha do Retiro. “Dentro das características que tínhamos à disposição, acredito que conseguimos competir e tornar o jogo páreo até o final. Poderíamos ter perdido o controle do jogo em alguns momentos, mas conseguimos evitar isso”, disse ele.
Escolhas e planejamento para o futuro
Zago também comentou sobre algumas escolhas feitas para a partida, como a titularidade do jovem Miguelito, que retornou de compromissos com a seleção boliviana. O meia foi substituído ainda no intervalo, e Zago explicou que a decisão foi motivada por questões estratégicas e pelo cartão amarelo recebido pelo atleta. “O árbitro estava muito suscetível ao ambiente do estádio. Com dois jogadores do mesmo lado com amarelo, qualquer erro poderia nos deixar com um a menos. Além disso, optamos por uma troca que nos trouxesse mais velocidade e profundidade no jogo”, justificou.
Outro ponto de destaque foi a escolha pelo lateral Hayner, em detrimento de JP Chermont, jovem promessa da base santista. “O JP tem um baita potencial, mas é um jogador de 18 anos, que ainda está amadurecendo. Durante a semana, vimos que o Hayner trouxe um pouco mais de consistência defensiva e ofensiva. São dois atletas com muito futuro no Santos, e ambos têm tudo para atingir o mais alto nível”, destacou o técnico.
Foco na Copinha e na formação de talentos
Com o término da Série B, Zago retorna ao comando do Sub-20 do Santos para a disputa da Copa São Paulo. Ele garantiu que está totalmente focado na competição e falou sobre os objetivos de longo prazo para a base do clube. “Estamos construindo uma cultura de vitória muito forte. O Santos tem muitos talentos distribuídos em várias faixas etárias, e vamos montar um time competitivo, unindo jogadores mais experientes com os jovens que vêm do Sub-17, recém-campeões paulistas”, afirmou.
Para Zago, o objetivo principal é preparar os atletas para o time principal, mas com a mentalidade de quem chega para fazer a diferença. “Eu sempre digo: não adianta subir só para estar lá. Você tem que subir para jogar, para ser um reserva imediato, para estar no time de verdade”, destacou.
Com pouco mais de 40 dias até a estreia na Copinha, Zago aposta no trabalho realizado nas últimas semanas para apresentar um time forte e com identidade santista. “Queremos uma equipe agressiva, que busque o ataque e seja competitiva. É um trabalho novo, mas estou confiante de que já veremos frutos em janeiro”, concluiu.
A derrota para o Sport encerrou uma temporada difícil para o Santos, mas a expectativa para 2025 já começa a ganhar forma, com o foco na base e na recuperação da força competitiva do clube.
